quarta-feira, 29 de abril de 2015

Não sucumbam ao "canto da sereia"!

Caros leitores,

Recentes fatos -- os quais prefiro sequer apontá-los, principalmente sendo públicos -- fizeram com que sentisse a necessidade/responsabilidade de escrever este 'post'.
A carreira pública -- e falo, aqui, especialmente sobre a magistratura, embora o texto seja aplicável ao funcionalismo público em geral -- é permeada pela política.
Significa dizer que, não raras vezes, o servidor esteja diante de determinadas situações embaraçosas, quiçá tentadoras, relacionadas à sua respectiva evolução profissional.
A propósito, não tratarei nem de longe -- pelo manifesto desprezo por mim nutrido -- sobre casos de vantagens pecuniárias.
Ocorre que, cedo ou tarde, vocês, meus leitores, futuros integrantes de funções estatais, serão, mesmo que sutilmente, solicitados a adotar eventual providência/decisão/etc. em sentido pré-determinado, o que, talvez, possa resultar em promoção/remoção/etc., a vocês interessante.
Antes de ingressar na magistratura, fui estagiário e sócio de banca de advocacia renomada nacionalmente, onde pude ver, acerca do tema do qual se trata, literalmente de tudo.
É por essas e outras que nosso Judiciário acaba, com alguma frequência, caminhando em linhas tortuosas.
Não prego, aqui, o isolamento do funcionário público, o qual, sem dúvida alguma, deve manter relações cordiais com o maior número de pessoas possível, sem, contudo, sucumbir ao "canto da sereia".
Importante ter em mente que o tráfico de influência, além de perigoso/ilegal, impede sobremaneira que nosso país conte com maior efetividade de sua Justiça.
Afinal, qual o tipo de sociedade que desejam para seus filhos?
Pensem nisso!
Abraços,

Samuel 

2 comentários:

  1. Não sei de que fato, o Doutor se refere, mas o parabenizo pelo discurso que promove a ética. Nós, brasileiros, ainda somos muito carentes disso, ainda resta impregnado na cultura pátria o "jeitinho brasileiro", louve-se o mais esperto. É assustador quando pensamos que em certas culturas, como a japonesa, o corrupto se suicida pela vergonha de ostentar tal condição perante à sociedade, enquanto no Brasil comemora ao ser preso e na próxima legislatura será reeleito. Em minha humilde opinião, o que talvez mudaria tais hábitos seria lecionar ética (prática - certo/errado - honrado) desde a infância. Concluindo, aduzo excertos do poema de William Ernest Henley: "(...) Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
    Pela minha alma inconquistável (...) Não importa quão estreito o portal,
    Quão carregada de punições a lista,
    Sou o mestre do meu destino.
    Sou o capitão da minha alma."

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    1. Agradeço, de início, seu comentário. A propósito, concordo plenamente com sua manifestação. Por fim, embora não menos importante, gostaria de ressaltar que o 'post' não partiu de um único fato, mas, ao contrário, sua origem remonta a experiências por mim vividas. Abraço cordial.

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